terça-feira, 27 de julho de 2010

A DIMENSÃO ESTRUTURANTE DAS TIC'S






Nos últimos anos, as mudanças de paradigma se tornaram mais evidentes no ensino aprendizagem. Até um passado recente, o aluno era uma espécie de receptor de conteúdos, com uma proposta passiva em relação ao seu aprendizado cujas tarefas eram assimilar e reproduzir o que deveria ser aprendido.
Esta postura mudou com o advento da internet. Um de seus recursos mais atraentes é justamente a facilidade de interação do aluno com o sistema, permitindo uma navegação não linear dos conteúdos na rede e a busca de novas fontes de conhecimento além da possibilidade da troca de informações. O aluno deixa de ser passivo e se torna ativo no seu processo de aprendizagem.
Sabemos que a maioria dos jovens já domina os recursos da internet, dos blogs e fotologs, do celular e das câmaras digitais, onde produzem mine-filmes, e se aventuram no uso das tecnologias.
Torna-se, portanto, importante que os processos educacionais que fazem uso de tecnologias não se limitem ao mero manuseio dos equipamentos ou à reprodução de informações. Tais processos devem ir além, devem convidar o aluno a criar, a ser autor ou co-autor.
A Pedagogia da Autoria, citada por Neves (2005), tem como uma das suas finalidades buscar a apropriação das mídias para a criação de conteúdos num trabalho cooperativo de docentes e alunos. Não se trata de transferir a responsabilidade do processo educacional para os alunos e, sim, estimular a autonomia, a busca de conhecimento, a criatividade. Os professores se fazem presentes no planejamento e acompanhamento, dando uma linha mestra, garantindo a organização, que faz com que os alunos adquiram conhecimentos significativos ao fim do processo.
Outra possibilidade importante e proporcionada pelas das TIC'S é a edição de textos de forma compartilhadada, que propicia a colaboração e cooperação, o que representa um ambiente mais dinâmico pelo significativo avanço no grau da interatividade e, consequentemente, nas possibilidades de troca de informações e de colaboração. A partir daí, muitos aplicativos foram desenvolvidos com o objetivo de permitir o compartilhamento da informação e a formação de redes colaborativas. Nesse contexto, abrem-se possibilidades para autoria e a co-autoria, pois um espaço antes de recepção, abre-se à interação e configura um processo dialógico, fomentando a colaboração, a comunicação e a socialização.
A velocidade com que as tecnologias ficam obsoletas é muito grande, dificultando sua apropriação. Assim, deve-se evitar a sua utilização apenas como forma de informatizar os processos de ensino e aprendizagem, mas sim criando situações de aprendizagem inovadoras que possibilitem o surgimento de novas maneiras de ensinar e aprender. A tecnologia deve ser utilizada nos processos educacioanais, mas sempre subordinada a eles, como forma de inovar a relação com os estudantes ao abrir espaço para sua autoria e não somente para cativá-los para as atividades propostas.

Um comentário:

  1. Concordo com vc. Fatima as tecnologias devem sempre ter a dimensão estruturante na Educação.
    Abraços.
    Cris Araujo.
    Ps. Eu também tenho um blog:crisabordo.blogspot.com, visite e deixe seu comentário.

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